Diga o que você pensa com esperança.
Pense no que você faz com fé.
Faça o que você deve fazer com amor!
(Ana Carolina)
Eu não sei como anda a esperança dos leitores, mas não me furto a entregar que a minha está cem por cento renovada. Faz parte da magia do tempo dividido em dias e que somados viram ano, com direito à pausa para celebrar o nascimento do menino Deus e festejar os novos dias que virão.
Alguns dirão que não tenho motivos para tanto positivismo, outros que sou um alienado diante dos fatos, dos acontecimentos que marcaram a cidade em que vivo no ano que passou. Que não há motivos para festas, comemorações e celebrações. Mas estou renovado. Confesso. Fazer o quê? Pode ser o milagre da vida. Pode ser o meu jeito de encarar o mundo e as adversidades, trabalhar no meu íntimo o melhor sentimento que é a fé. Ah...a fé !
Eu não vou ficar a espreita da chuva. Não vou vigiar as nuvens. Nem tampouco patrulhar o trabalho dos outros. Não vou negativar os meus dias observando o feio, o errado, o torto. Não. Nem me investir do mais sublime puritanismo classificando, crucificando e penalizando os outros. Porque se eu não acreditar no outro o que será de mim? Vou contemplar o belo, sorver o ar que me é permitido, viver intensamente os dias e as horas em pleno estado de gratidão, tentando corrigir em mim o que o mundo me acena como necessário e exacerbando no amor, na generosidade, na fraternidade e na lealdade com o meu próximo.
Estou farto do politicamente correto que erra no tom da crítica. Farto dos que crêem que aceitar o diferente é o suficiente, mas que fazem da desigualdade o seu verbo diário. No meu limite para os que adoram ser pedra. Para os que riem e debocham do escorregar alheio. De saco cheio daqueles que não fazem nada nem para si e muito menos para os outros, mas estão sempre no palco na hora dos aplausos.
E é por conta de tudo isso que busquei renovar minhas esperanças. Porque percebi a tempo que não dá mesmo para seguir em frente sem estar preparado para o novo ano. É necessário que estejamos em paz para receber a dádiva da vida. Leves. Conscientes do nosso papel. Sem normas externas, nem regras coercitivas, mas com o bom senso que nos faz éticos, elegantes, seres do bem e para o bem.
E o que é o bem senão a tradução mais primária do amor ? Amor é querer bem. Amar, fazer o bem. Eu arrisco o palpite de que o que mais a minha cidade precisa é de amor. O que mais o povo da minha cidade precisa é de amor. O amor é que nos renova a esperança. O amor, ele, este sentimento tão simples e tão complicado ao mesmo tempo, é que nos recicla a fé. Só ele é que pode nos fazer fortes, capazes de sonhar, de lutar pela realização dos nossos desejos, de perdoar, esquecer, seguir em frente e reconstruir em nós aquilo que considerávamos desimportante e por isso perdemos.
Eu gostaria que todos os leitores renovassem também suas esperanças. Que não perdessem a fé. Que permitissem brotar em seus corações o amor. Daí, em 2012, poderíamos juntos, então, pensar realmente na reconstrução da cidade que nos é tão importante. Na Nova Friburgo que tanto queremos bem. Pensem nisso. Se não quiserem, não pensem. Mas, por favor, não percam a esperança. Porque sem ela será impossível um 2012 feliz. Então, Feliz 2012! Com esperança, muita fé e repleto de amor!
David Massena
Amo essa cidade...
